domingo, 8 de maio de 2011

Mundo Virtual

Entrei apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos de que dispunha naquele dia atribulado para comer e consertar alguns bugs de programação de um sistema que estava desenvolvendo, além de planejar minha viagem de férias, que há tempos não sei o que são.
Pedi um filé de salmão com alcaparras na manteiga, uma salada e um suco de laranja, pois afinal de contas fome é fome, mas regime é regime, né?
Abri meu notebook e levei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
— Tio, dá um trocado?
— Não tenho, menino.
— Só uma moedinha para comprar um pão.
— Está bem, compro um para você.
Para variar, minha caixa de entrada estava lotada de e-mails. Fico distraído vendo poesias, as formatações lindas, dando risadas com as piadas malucas. Ah! Essa música me leva a Londres e a boas lembranças de tempos idos.
— Tio, pede para colocar margarina e queijo também?
Percebo que o menino tinha ficado ali.
— OK, mas depois me deixe trabalhar, pois estou muito ocupado, tá?
Chega a minha refeição e junto com ela o meu constrangimento. Faço o pedido do menino, e o garçom me pergunta se quero que mande o garoto ir. Meus resquícios de consciência me impedem de dizer. Digo que está tudo bem.
— Deixe-o ficar. Traga o pão e mais uma refeição decente para ele.
Então o menino se sentou à minha frente e perguntou:
— Tio, o que está fazendo?
— Estou lendo uns e-mails.
— O que são e-mails?
— São mensagens eletrônicas mandadas por pessoas via Internet.
Sabia que ele não iria entender nada, mas a título de livrar-me de maiores questionários disse:
— É como se fosse uma carta, só que via Internet.
— Tio, você tem Internet?
— Tenho sim, é essencial no mundo de hoje.
— O que é Internet, tio?
— É um local no computador onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem tudo no mundo virtual.
— E o que é virtual, tio?
Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai me liberar para comer minha refeição, sem culpas.
— Virtual é um local que imaginamos algo que não podemos pegar, tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.
— Legal isso. Gostei!
— Mocinho, você entendeu o que é virtual?
— Sim, tio, eu também vivo neste mundo virtual.
— Você tem computador?
— Não, mas meu mundo também é desse jeito… Virtual. Minha mãe fica todo dia fora, só chega muito tarde, quase não a vejo. Eu fico cuidando do meu irmão pequeno que vive chorando de fome, e eu dou água para ele pensar que é sopa. Minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas eu não entendo, pois ela sempre volta com o corpo. Meu pai está na cadeia há muito tempo. Mas sempre imagino nossa família toda junta em casa, muita comida muitos brinquedos de Natal, e eu indo ao colégio para virar médico um dia. Isto não é virtual, tio?
Fechei meu notebook, não antes que as lágrimas caíssem sobre o teclado. Esperei que o menino terminasse de literalmente ‘devorar’ o prato dele, paguei a conta e dei o troco para o garoto, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que eu já recebi na vida, e com um ‘Brigado tio, você é legal!’.

Autor desconhecido

terça-feira, 5 de abril de 2011

Oportunidades Diversas

Certamente uma das grandes preocupações dos jovens atualmente é sobre o futuro profissional e as oportunidades em mercado. Visando contribuir com uma luz ou um caminho, resolvi criar este artigo que aborda exatamente este tema e lhe abre as portas para pelo menos uma introdução ao mercado. Abaixo vai o link para quem desejar baixar. Bom proveito.

Baixar aqui!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Oralidade

Kiki anayo?
Ki muyë arälos elëke.
Isuê nau ipuit anayo.
Muiian silúz koosô.
...
Feliru upat imaet obian.
Mabu noepat isuë kralix.
Klarus ninguet ki asub nigaèt.
Geat ki nömae iblut patum miat...
Muië diosô.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Pensando Alto

Vamos lá... relaxe e deixe fluir seus pensamentos.


      Enfim o ano está prestes a findar. Tantas promessas feitas, tantas expectativas, tantos sonhos, planos, desejos... Será que ao colocar na balança o resultado final seria positivo? O que você prometera a si mesmo no primeiro dia deste ano? Há quem prometera parar de fumar, de beber, ser fiel, emagrecer, ser uma pessoa melhor...

     Me pergunto o motivo pelo qual as pessoas tornaram suas palavras frágeis como o vento. basta um suspiro e promessas feitas olho no olho se perdem pra sempre. O que será pior: O sono que nunca vem..? Ou o que nunca termina?

     Creio que as pessoas estão perdidas em si mesmas. Submersas em seus problemas, seus medos... Será que tenho medos? O medo de ter medo é um medo? O paradoxo é racional ou trivial?



Então clico uma vez e esta reflexão se perde em arquivo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Fluir Vital

Hoje resolvi relatar como foi minha primeira doação de vida, digo, sangue...

Primeiramente busquei informações e me disseram que lá iriam furar meu dedo com uma agulha que encosta no osso, iriam tirar quase um litro de sangue, mais algumas ampolas e que a agulha seria ENORME!

Nossa, o estômago gelou, embrulhou, inflou, murchou... haviam mariposas que degladiavam-se em meu interior. Tomei coragem e resolvi que iria de qualquer forma. Mas o que verdadeiramente motivaria uma pessoa como eu? Bem, uma pessoa que conheço foi infectada com bactérias no sangue. Como o estado desta pessoa era gravíssimo, resolvi fazer minha parte. Então no dia seguinte levantei-me e fui até o SERUM, no Hospital do Carmo, próximo aos Arcos da Lapa.

Chegando lá, preenchi uma ficha e aguardei um pouco (que na verdade nem foi tanto, já que serviram um lanchinho [nhãm, nhãm!!] muito agradável). Depois fui para uma salinha e fiquei esperando ser atendido... O coração batia com força e só pensava "vamos embora, dá tempo pra desistir!". Acho que foi neste dia que descobri o quão rebelde minhas pernas podem ser – elas nem se moveram.

Fui chamado para a sala de triagem, lá o médico narrou a história dele, que vocês podem conferir abaixo:




Ele furou meu dedo com um aparelho e não doeu. Fez um exame simples, onde lançou uma gota do meu sangue num líquido azul e explicou que, caso o sangue fosse mais denso e chegasse ao fundo do recipiente em menos de 15s eu estaria apto à doação. Passei!!! (Como se o resultado pudesse ser outro, né?)


Fui para a sala de doação e lá tive a maior das minhas surpresas... Uma agulha enorme!

Pra minha felicidade, ela nem enfiou tudo, só o suficiente. A operação toda deveria durar entre dez e quinze minutos, mas só precisamos de pouco mais que cinco. Ela retirou 430ml de sangue, mais três ampolas para testes e exames. Após doar meu precioso "sanguinho" recebi mais um lanchinho. XD

Tudo correu muito bem e pretendo retornar em breve. Bem, seu lugar está reservado e caso queira juntar-se nesta causa, sinta-se à vontade.


Os resultados dos exames feitos com as amostras do sangue são enviados para a residência do doador junto com um cartão que o identifica como Doador Regular de sangue.


Sem mais... convoco-te para unir-se a mim para que assim possamos ajudar cada vez mais pessoas.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Florence + The Machine

        Florence Welch disse que deseja que sua música desperte sentimentos fortes em quem a ouça, como a sensação de atirar-se de um edifício ou de ser capturado para as profundezas do oceano sem qualquer chance de prender a respiração. Parece um tanto exasperante, para não dizer presunçoso, mas é este tipo de sensação que se tem ao ter contato com as criações de Florence + The Machine, a banda encabeçada pela artista britânica. Nela, Florence dá vazão à todo o seu impressionante furor artístico, que mistura melodias vistosas, repletas de complexas camadas sonoras à letras poéticas, em sua maioria enormemente metafóricas. O elemento que dá liga a estes ingredientes saborosos é o seu vocal, utilizado pela garota em todas as suas possíveis matizes e variações de volume, não raro emitido em gritos longos e possantes. A substância obtida desta receita é uma música sofisticada e vibrante que tem a mesma identidade idiossincrática e indefinível de artistas como Kate Bush, a Björk intimista de Vespertine, My Brightest Diamond e Bat For Lashes.

        Porém, mesmo sem saber exatamente como definir as criações desta artista britânica devido à sua mistura de gêneros, se há algo que se pode dizer ser recorrente em grande parte das músicas deste seu primeiro disco é o uso extenso de uma percussão escandida com força numa síncope potente e bem marcada, concedendo às canções uma atmosfera algo ritualística. Os acordes agudos do banjo e da harpa em “Dog Days are Over”, o volumoso uso de vocais em “Rabbit Heart (Raise It Up)” e “Drumming”, o piano de toques esparsos e dramáticos e as sintetizações salpicadas em “Howl”, a harpa cheia de calor em “Cosmic Love”pizzicatos de “Blinding” chegam todos acompanhados de uma bateria e percussão que não se escondem na canção, ao contrário, mostram-se em toda sua glória, usurpando os ouvidos sem qualquer receio e emitindo uma quase imperativa necessidade de sacudir o corpo.

        Mas não há erro em afirmar, no entanto, que as criações de Florence e sua máquina partem de bases rockeiras. Tanto “Kiss With a Fist”, na qual a cantora declara que um amor recheado de socos e pontapés é melhor que amor nenhum, “You’ve Got The Love”, cover de uma canção gospel que prega que o amor divino existe mesmo nos tempos difíceis, e o cover “Girl with One Eye”, apesar de sua sutil camada country, exalam a fragrância mais emblemática do gênero: uma fartura de múltiplos riffs de guitarra assaltando a melodia ou preenchendo todos os espaços possíveis. Mas mesmo neste disco tão repleto de canções fabulosas, “Bird Song”, faixa bônus da versão deluxe do disco que igualmente pertence à faceta mais nitidamente rock da artista, ainda consegue se elevar em meio as que acompanham como a música mais brilhante do lançamento: iniciando com alguns versos a capella, logo acompanhados por uma guitarra melancólica, a melodia vai alternando um crescendo de momentos reflexivos com outros repletos de ira até explodir em uma orgia sonora sem economia nos vocais, no arranjo melódico e no sentimento que jorra como lava do Monte Vesúvio ao desenhar metaforicamente nas letras a consciência arrependida de alguém como o cantar de um pássaro delator.


        E é assim, expelindo suas emoções sem receios de soar vibrante, urgente e épica, mas também nunca renegando o direito de soar delicada e gentil quando deseja que Florence + The Machine traz para o rock alegorias em sons e versos que enfeitiçam o espírito e hipnotizam os sentidos dos ouvintes, exigindo com toda propriedade seu lugar na seleta galeria de músicos que conseguem encobrir suas composições em erudição e sofisticação e ainda preservar o seu caráter potencialmente acessível. Sim, Florence Welch é mais uma daquelas artistas que dificilmente se contenta em soar comedida ou simples, porém o abundante requinte com o qual suas composições são impregnadas permitem que nossos sentidos captem apenas a sua fervente e quase primitiva beleza. e o orgão e o arranjo orquestral salpicado de pizzicatos de “Blinding” chegam todos acompanhados de uma bateria e percussão que não se escondem na canção, ao contrário, mostram-se em toda sua glória, usurpando os ouvidos sem qualquer receio e emitindo uma quase imperativa necessidade de sacudir o corpo.







Texto extraído na íntegra de: SeteVentos

domingo, 27 de junho de 2010

Entregar-se à reminiscências

Jovens...
Olhando através do espelho...
Almejando um tempo que passou.
O que houve com a face refletida?

Vendados os olhos,
Igualmente cansados.
Calados suspiros...

Toda a esperança depositada numa última prece.

O que irá pedir?
Remoendo o passado e buscando algo que não se pode ver...


Janela da alma,
Obra divina,
Herói das batalhas...

Não podes libertar-se de tua essência,

Não deves renegá-la.
YggDrasil humana, reuna tuas forças!


Fabricio magno


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Inside my soul

I'm so lost...



Do you remember me? I'm just a shadow now. This is where I used to be, right here beside you. Sometimes I call your name high on a summer breeze. What I would give to feel the sunlight on my face? What I would give to be lost in your embrace?

I've fallen from a distant star... Came back compelled because I love. I'm caught between two different worlds, I long for one more night on earth.

Do you believe in dreams? That's how I found you. But I can't be with you, till you take a leap of faith. What I would give
to feel the sunlight on my face? What I would give to be lost in your embrace?

I've fallen from a distant star... Came back compelled because I love. I'm caught between two different worlds,
I long for one more nïght on earth.



I'm thinkin' that I'm not made for love... Love is a dream that I could live cuz I can't sleep.




...

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Sonhos e Desejos


Eu quero estar a sós com a minha solidão.
Eu quero poder desejar meus desejos...
Eu quero sonhar com meus sonhos, temer meus medos e sorrir de minha felicidade.

Eu quero amar uma só pessoa e ser amado em retorno.
Eu quero viver um amor possivelmente impossível.
Eu quero conhecer o lado desconhecido da vida.

E no final, quero recordar tudo isso com compaixão.
Eu quero sentir o que a vida pode oferecer.
Eu quero ver o que puder ser mostrado.
Desvendar o indesvendável.

Eu quero decifrar o indecifrável.
Eu trocaria a felicidade de uma vida por um momento ao seu lado.
Tudo isso porque você é apenas uma gota de água no meu oceano de emoções...
Mas sem esta gota, ele jamais seria completo.

Eu te amo.

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